quinta-feira, 19 de maio de 2016

ROTINA LABORATÓRIO



1.    Coleta:
ü A coleta é o setor mais importante do laboratório, qualquer erro nesta fase pode ser fatal a todo processamento das amostras, então deve ser fiscalizada e padronizada com atenção sempre seguindo as normas pré-estabelecidas.
2. Processamento de amostras:

ü A fase de processamento é onde se separa os materiais a serem analisados destinando cada um ao setor de analise especifico. Aqui é a segunda triagem e define se o material pode ou não se analisado.
ü Registro de pacientes nos cadernos é obrigatório e necessário (Cadastrar os pacientes com a numeração da ficha e as letras “A” para ambulatório / “E” para emergência.
3. Executar os testes (Equipamentos; testes; calibração; controle interno):

ü Hematologia - passar os controles na máquina, observando os valores de referencia e ver se é necessário fazer alguma calibração. 
ü Bioquímica – lavar o aparelho, passar controles e se necessário fazer a calibração dos testes. Observar durante arotina de pacientes se os valores estão reprodutíveis, caso observe algum desvio calibra a maquina novamente.
ü Os demais equipamentos exigem somente controle.
4. Fichas de bancada (Atendimento na recepção)

ü As fichas de bancada é o nosso mapa de trabalho, está contida nela todos os procedimentos a serem feitos por cada paciente, alem das informações pessoais dos mesmos.
ü Todos os testes lançados no sistema se transformam em produtividade, os números que mostram o trabalho de cada setor durante o mês. Então é necessário controle rígido do numero de pacientes para não ficarmos nem abaixo nem acima da media de procedimentos que foi pactuada no contrato.
5. Pendências:

ü Pacientes que não trazem as amostras no dia da coleta ou tem que fazer mais de uma amostra ou ainda não coletam o sangue por estarem alimentados, tem que ser avisados e orientados a trazerem as amostras posteriormente ou vir coletar sangue em jejum. Estas fichas ficam pendentes por 15 dias aguardando as amostras depois são liberadas para digitação.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

As três fases dos exames laboratoriais

As três fases dos exames laboratoriais:

INTRODUÇÃO:
A pratica laboratorial é o conjunto de exames e testes realizados a pedido do médico para  análises clínicas, visando um diagnóstico,confirmação de uma patologia ou para um check-up (exames de rotina). É importante na rotina de um laboratório, adotar métodos para que tenhamos bons resultados ao finalizar um laudo. Desde o pedido do exame, até o diagnóstico e tratamento, é importante que os profissionais do laboratório estejam interagidos nessas três fases dos exames laboratoriais. As fases dos exames laboratoriais são: Pré-Analítica, Analítica e Pós-Analítica. Nós iremos falar sobre a fase pós-analítica.

Após a coleta do material e a análise dos dados, o exame laboratorial passa pela última etapa, a pós-analítica. Nela há envio e interpretação dos resultados e conseqüentemente o diagnóstico e tratamento.
FASE PÓS-ANALÍTICA: É a fase que se inicia após a obtenção de resultados válidos das análises e finda com a emissão do laudo, para interpretação e tomada de decisão médica.
A fase pós-analítica se materializa no laudo do exame. Sua qualidade como mídia e conteúdo para a informação que representam devem merecer grande cuidado. O laudo deve tangibilizar o que nós conhecemos como qualidade, para aqueles clientes finais: Pacientes, Médicos, Compradores de serviços.
As etapas dessa fase são:
Preparo do laudo dos exames;
Impressão, ou transmissão do laudo;
Recebimento do laudo;
Tomada de decisão;

PREPARO DO LAUDO DOS EXAMES
Uma vez que os resultados são aprovados e liberados, os dados são utilizados para a confecção do laudo. Esse processo é feito pelo Sistema de Informações Laboratoriais, que deve seguir a legislação vigente. A RDC cuida dos aspectos do laudo com muita propriedade. Transcreveremos alguns itens do regulamento da RDC 302/2005 da ANVISA, que os laboratórios devem seguir:
6.2.10 O LAUDO EMITIDO PELO LABORATÓRIO DE APOIO DEVE ESTAR DISPONÍVEL E ARQUIVADO PELO PRAZO DE 5 (CINCO) ANOS.
6.3.1 O LABORATÓRIO CLÍNICO E O POSTO DE COLETA LABORATORIAL DEVEM POSSUIR INSTRUÇÕES ESCRITAS PARA EMISSÃO DE LAUDOS, QUE CONTEMPLEM AS SITUAÇÕES DE ROTINA, PLANTÕES E URGÊNCIAS.
6.3.2 O LAUDO DEVE SER LEGÍVEL, SEM RASURAS DE TRANSCRIÇÃO, ESCRITO EM LÍNGUA PORTUGUESA, DATADO E ASSINADO POR PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR LEGALMENTE HABILITADO.
6.3.3 O LAUDO DEVE CONTER NO MÍNIMO OS SEGUINTES ITENS:
A) IDENTIFICAÇÃO DO LABORATÓRIO;
B) ENDEREÇO E TELEFONE DO LABORATÓRIO;
C) IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO (RT);
D) Nº. DE REGISTRO DO RT NO RESPECTIVO CONSELHO DE CLASSE PROFISSIONAL;
E) IDENTIFICAÇÃO DO PROFISSIONAL QUE LIBEROU O EXAME;
F) Nº. REGISTRO DO PROFISSIONAL QUE LIBEROU O EXAME NO RESPECTIVO CONSELHO DE CLASSE DO PROFISSIONAL;
G) Nº. DE REGISTRO DO LABORATÓRIO CLÍNICO NO RESPECTIVO CONSELHO DE CLASSE PROFISSIONAL;
H) NOME E REGISTRO DE IDENTIFICAÇÃO DO CLIENTE NO LABORATÓRIO;
I) DATA DA COLETA DA AMOSTRA;
J) DATA DE EMISSÃO DO LAUDO;
K) NOME DO EXAME, TIPO DE AMOSTRA E MÉTODO
ANALÍTICO;
L) RESULTADO DO EXAME E UNIDADE DE MEDIÇÃO;
M) VALORES DE REFERÊNCIA, LIMITAÇÕES TÉCNICAS DA METODOLOGIA E DADOS PARA INTERPRETAÇÃO;
N) OBSERVAÇÕES PERTINENTES.
6.3.4 QUANDO FOR ACEITA AMOSTRA DE PACIENTE COM RESTRIÇÃO, ESTA CONDIÇÃO DEVE CONSTAR NO LAUDO. O ideal é fazer constar informações que possam advertir quanto a possíveis interferentes, como:
“amostra hemolisada”;
“amostra ictérica”;
“amostra lipêmica” ou outros como “opalescente”, “turva” ou de coloração anormal.
O laudo deve indicar as situações nas quais a análise foi feita apesar das restrições da amostra, e eventualmente se a amostra foi submetida a um pré-tratamento.
6.3.5 O LABORATÓRIO CLÍNICO E O POSTO DE COLETA LABORATORIAL QUE OPTAREM PELA TRANSCRIÇÃO DO LAUDO EMITIDO PELO LABORATÓRIO DE APOIO, DEVEM GARANTIR A FIDEDIGNIDADE DO MESMO, SEM ALTERAÇÕES QUE POSSAM COMPROMETER A INTERPRETAÇÃO CLÍNICA.
6.3.6 O RESPONSÁVEL PELA LIBERAÇÃO DO LAUDO PODE ADICIONAR COMENTÁRIOS DE INTERPRETAÇÃO AO TEXTO DO LABORATÓRIO DE APOIO, CONSIDERANDO O ESTADO DO PACIENTE E O CONTEXTO GLOBAL DOS EXAMES DO MESMO.
6.3.7 O LAUDO DE ANÁLISE DO DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO DE ANTICORPOS ANTI-HIV DEVE ESTAR DE ACORDO COM A PORTARIA MS Nº 59/2003, SUAS ATUALIZAÇÕES OU OUTRO INSTRUMENTO LEGAL QUE VENHA A SUBSTITUÍ-LA.
6.3.8 AS CÓPIAS DOS LAUDOS DE ANÁLISE BEM COMO DADOS BRUTOS DEVEM SER ARQUIVADOS PELO PRAZO DE 5 (CINCO) ANOS, FACILMENTE RECUPERÁVEIS E DE FORMA A GARANTIR A SUA RASTREABILIDADE.
6.3.8.1 CASO HAJA NECESSIDADE DE RETIFICAÇÃO EM QUALQUER DADOCONSTANTE DO LAUDO JÁ EMITIDO, A MESMA DEVER SER FEITA EM UM NOVO LAUDO ONDE FICA CLARA A RETIFICAÇÃO REALIZADA.

IMPRESSÃO OU TRANSMIÇÃO DO LAUDO
O tempo total de liberação do resultado também é um quesito a ser verificado na garantia de qualidade do laboratório, principalmente para exames cujo tempo de liberação influencia diretamente a decisão clínica ou quando há resultados críticos que devem ser comunicados com rapidez. A falta de notificação imediata de valores críticos pode ser tão negativa quanto à liberação de resultados inadequados. Os erros recorrentes dessa fase do ciclo laboratorial giram em torno de 18% a 47%.
Há um forte movimento para que a transmissão eletrônica do laudo supere a ainda bastante superior utilização da impressão do laudo. Aspectos da certificação digital estão em discussão e é provável a breve implantação de rigor nesse sentido para a transmissão eletrônica. Há muitas formas de tornar isso mais presente que atualmente, tornando mais ágil a chegada da informação para o médico. Num ambiente hospitalar essa prática é altamente recomendado, porque diminui o tempo de entrega. A comunicação eletrônica dos laudos promove a redução de custos para as partes envolvidas:
Para o laboratório, há menor gasto com impressão, papel, tinta e impressora, com pessoal para cuidar deste processo e locais de guarda etc.;
Para o paciente, principalmente por dispensar o deslocamento até o laboratório, mesmo que ele tenha os gastos com impressão em sua residência. Se o laudo for analisado pelo médico em seu computador,
esse custo não haveria, poupando ainda os recursos naturais.

RECEBIMENTO DO LAUDO

O destinatário dos resultados é o médico assistente, quem tem mais propriedade para lidar com a informação. Os profissionais de laboratórios são os provedores de informações obtidas nas análises, representadas pelos laudos. O laboratório clínico deve dispor de assessoria científica para esclarecer dúvidas ou até indicar repetições da análise. Por isso, há necessidade de guardar as amostras caso haja necessidade de repetição. Nesse momento, quanto maior a confiança do profissional de laboratório em seus resultados, mais significativa será a assessoria. O cuidado com as três fases dos exames laboratoriais será valioso para o profissional falar de qualidade assegurada, que é desfecho de todos os esforços pela qualidade nas diferentes fases. É o que se espera dele como especialista em laboratório. O Controle da Qualidade é um dos pilares da sustentação da relação do profissional de laboratório com os médicos assistentes, para a qualidade assegurada.

TOMADA DE DECISÃO

Ao requisitar um teste, o clínico espera que no momento mais oportuno lhe seja fornecido um resultado confiável, que oriente sua tomada de decisão. As etapas existentes entre essas duas pontas, requisição do teste e recebimento do resultado, fogem ao seu conhecimento e são bastante complexas. O laboratório abriga um vasto arsenal de recursos, cuja compreensão escapa aos que não atuam diretamente nos seus processos. É tido por muitos clínicos como uma “caixa preta”, onde um coloca a requisição e a amostra e outro faz dali sair o produto final: o resultado.
Na maioria das vezes o clínico solicita a participação do laboratório em duas situações:
Para confirmar, ou para rejeitar um diagnóstico a partir de uma impressão clínica;
Para obter parâmetros que orientem o controle de tratamento.
Outras indicações para exames são para estabelecer prognóstico; para triagem em grupos de pacientes e para detectar fatores de risco.
Ao receber o laudo das análises por ele solicitadas, o médico tem em mãos o melhor que o laboratório pôde entregar. Com esse laudo tomará suas decisões. Acredita-se que esses laudos orientem cerca de 70% das decisões médicas.
A fase pós-analítica encerra o ciclo, trazendo de forma sintética no laudo os esforços de uma equipe especializada, recursos diversos, alta tecnologia, utilizados para contribuir para a saúde, ou a minimização de agravos para o paciente. A sociedade agradece aos laboratórios.

ERROS PÓS-ANALÍTICO

Erro na Digitação do Laudo
Erro na interpretação do resultado
Erro na Interpretação do Laudo
Não comunicação de resultados críticos
Atraso na entrega de resultados
Percentual de Laudos Retificados

Erros freqüentemente associados a essa etapa correspondem às falhas na liberação dos resultados, por erros de transcrição ou digitação ou pelo não cumprimento do prazo de entrega. O desenvolvimento da tecnologia de informação (TI) aplicada ao setor laboratorial tem contribuído para a diminuição dos erros de transcrições de resultados, principalmente após o advento dos
sistemas de interfaceamento, os quais possibilitam a transmissão das informações diretamente do equipamento automatizado de análise para o sistema de informação laboratorial (SIL). A identificação das amostras por meio das etiquetas de código de barras também tem sido fundamental na busca de melhoria da qualidade e redução dos erros.


“Qualquer falha ocorrida em alguma parte do ciclo laboratorial, ou seja, desde a solicitação médica até a interpretação e reação do médico diante do resultado reportado constitui um erro laboratorial.”
PLEBANI, 2007

Importante:

RASTREABILIDADE DE TODO O PROCESSO!

FASE PRÉ-ANALÍTICA>FASE ANAÍTICA>FASE PÓS- ANALÍTICA


CONCLUSÃO:
A fase pós-analítica, por sua vez, tem início no ambiente do laboratório clínico e envolve os processos de validação e liberação de laudos e se encerra após o médico receber o laudo final, seguido de sua interpretação e tomada de decisão médica perante o resultado reportado.
O valor do laboratório esta no laudo de qualidade, beneficiando os pacientes com informações válidas, confiáveis e em tempo. O laudo tem valor científico e legal.
O laboratório deve dar acessória científica, oferecer-se para esclarecimentos de dúvidas e avaliar a necessidade de repetir a análise.


"O único lugar onde sucesso vem antes do
trabalho é no dicionário."
Albert Einstein

REFERÊNCIAS:
1. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial
2. http://www.qualichart.com.br
3. http://www.lacen.saude.pr.gov.br
4. http://ingoh.serifos.uni5.net

Interpretação de exames

Para que o laboratório clínico possa oferecer respostas
adequadas, é indispensável que o preparo do paciente e da
coleta do material a ser examinado sejam realizados
obedecendo- se algumas regras:
 Variação cardíaca;
 Atividade física;
 Período de jejum;
 Dieta;
 Mudanças rápidas de postura;
 Administração de drogas.

Preparação do Paciente: todos os profissionais do laboratório devem ter
conhecimento da importância da correta preparação do paciente e saber como ela
pode afetar os resultados. Na preparação do paciente para a realização dos exames
é muito importante observar o efeito de vários fatores, como necessidade de jejum
para o exame; estado nutricional do paciente; uso de álcool; estresse; fumo;
exercícios físicos; postura; interferência in vitro ou in vivo dos medicamentos.


Coleta da Amostra: na coleta da amostra biológica é importante que os
profissionais responsáveis tenham conhecimentos necessários dos erros e
variações que podem ocorrer antes, durante e após a obtenção da mesma.
Variações devido à obtenção, preparação e armazenamento da amostra:
identificação incorreta do paciente; troca de material; contaminação da amostra; erro
por hemólise, estase prolongada, homogeneização, centrifugação; conservação
inadequada; erro no emprego de anticoagulantes etc.


SANGUE – PRINCIPAL AMOSTRA PARA EXAMES LABORATORIAIS
O sangue é composto de duas fases distintas: fase líquida e fase sólida ou
elementos figurados. A fase líquida é composta principalmente por água (cerca de
90%) e por substâncias orgânicas e inorgânicas dissolvidas nessa água, tais como
eletrólitos, proteínas, hormônios e fatores da coagulação. Na fase sólida ou
elementos figurados estão as hemácias, leucócitos e plaquetas. A fase líquida
também é conhecida como plasma e pode ser definida como “soro” quando perder
os fatores da coagulação logo após a coleta sanguínea:
Plasma = fase líquida (água + todos os elementos dissolvidos)
Soro = Plasma – fatores da coagulação (utilizados para formar o coágulo após a
coleta)
O volume sanguíneo total é cerca de 70 ml por quilo de peso, desta forma
uma pessoa de 70 Kg possui cerca de 4,9 L de sangue. A perda máxima sanguínea
permitida e 
recomendada é 10% do volume total, para que não ocorram grandes
danos ao paciente ou doador.
As principais funções do sangue são: transporte de gases (hemoglobina e
hemácias); defesa imunológica (leucócitos); coagulação (plaquetas e fatores da
coagulação); transporte de nutrientes (plasma); transporte de metabólitos da
excreção (plasma); regulação térmica; regulação da pressão arterial e manutenção
do pH sanguíneo.
A hematopoiese é o processo de formação do sangue e começa desde a fase
intrauterina de cada indivíduo. Ainda na vida uterina as células são formadas pela
linhagem primitiva e após o nascimento pela linhagem definitiva (série vermelha ou
eritrocítica; série plaquetária ou megacariocítica; série granulocítica; série linfocitária
ou linfocítica e série monocitária ou monocítica).

EXAMES EM AMOSTRA DE SANGUE - HEMOGRAMA
Hemograma Completo

O hemograma completo está entre os exames mais requeridos em um laboratório clínico, e consiste em avaliar quantitativamente e qualitativamente as células sanguíneas de um paciente. A contagem dessas células auxilia no diagnóstico de doenças e no monitoramento de sua evolução ou regressão, sob um determinado tratamento. Quantidades altas ou baixas dessas células podem levar à descoberta de uma anemia, infecção, doença genética ou até problemas do sistema imunológico.
O exame é composto por três determinações básicas que incluem as avaliações dos eritrócitos (ou série vermelha), dos leucócitos (ou série branca) e das plaquetas (ou série plaquetária).

O hemograma é a principal ferramenta diagnóstica em hematologia,
constituído pelos seguintes exames:
a-) Contagem de Hemácias (Hm)
** Valores de Referência
Homem – 4.500.000 a 6.000.000 / mm3
Mulher – 4.000.000 a 5.500.000 / mm3
Rn– 4.000.000 a 6.000.000 / mm3

- Interpretação dos resultados:
Valores aumentados (policitemias):
Diarreias, desidratação, queimaduras, policitemia Vera, cardiopatia crônica,
intoxicações com álcool etílico ou outras drogas, vômitos profusos, acidose
metabólica.

Valores diminuídos:
Anemias, leucemias, após hemorragias intensas e Valores aumentados: ocorrem quando há hemoconcentração como nas policitemias, desidratações, queimaduras, diarréias e vômitos intensos. Um hematócrito aumentado é sugestivo de macrocitose.
Valores diminuídos: ocorrem quando há redução do número de eritrócitos,
como nas anemias, leucemias e infecções. Um hematócrito reduzido dá
ideia de microcitose.


Exame de Glicose

Glicemia
• Avalia o metabolismo dos carboidratos;
Exames mais solicitados:
1.Glicemia de jejum (12-14 horas): avalia
os níveis glicêmicos 24 horas anteriores;
2.Glicemia TOTG/pós-prandial: avalia os
níveis glicêmicos após sobrecarga.

EXAMES DE URINA
• URINA DE 24 HORAS
• Em relação ás dosagens realizadas em amostras de
urina coletadas por períodos cronometrados devem ser
tomadas alguns cuidados, dentre os quais se destacam:
- Os que se referem ao paciente;
- Os que se referem à coleta e a amostra;
- Os que se referem ao preparo da amostra;
- Os que se referem à metodologia propriamente dita;

A coleta deverá ser realizada após assepsia da área genital, desprezando-se
o primeiro jato e colhendo-se o jato intermediário. O recomendável é a coleta da
primeira micção da manhã ou uma amostra com pelo menos quatro horas de
intervalo da última micção, em recipiente plástico esterilizado. Se necessário, a
amostra poderá ser colhida a qualquer tempo, lembrando-se da existência, durante o
dia, de variações em relação à dieta, exercício físico, concentração da urina e uso
de medicamentos.
O exame do primeiro jato da urina é recomendado quando o objetivo é a
investigação do trato urinário inferior, mais especificamente a uretra. A urina de
primeiro jato carreia células e bactérias presentes na uretra, tornando-a uma boa
amostra indireta para outras avaliações, como as uretrites com pouca secreção. A
diferença de celularidade encontrada entre o primeiro e segundo jatos auxilia a
localizar a origem do processo.


EXAMES DE FEZES
• A composição das fezes se caracteriza por:
• Resíduos de material indigerível, como a celulose dos
alimentos digeridos;
• Bile (pigmentos e sais), que dá a cor característica das
fezes;
• Secreções intestinais, incluindo o muco intestinal;
• Leucócitos que migram da corrente sanguínea (em
pouquíssima quantidade);
• Células epiteliais que foram eliminadas;
• Grande
número de bactérias que podem constituir um
terço da parte sólida total;


EXAMES MICROBIOLÓGICOS
• ESCARRO
• Utilizado para determinar o agente etiológico das pneumonias
bacterianas;
• Alguns detalhes devem ser considerados:
- O ideal é que a coleta seja feita pela manhã;
- A amostra deve ter volume maior que 2 ml;
- Instruir o paciente para enxugar a boca e fazer gargarejo com água
antes da coleta;
- Não coletar saliva ou secreção nasal;
- Coletar a amostra em frasco estéril;
- Encaminhar a amostra imediatamente ao laboratório;
• Para o diagnóstico de doenças causadas por fungos ou microbactérias,
deve- se coletar de 2 a 3 amostras de escarro consecultivos;

• ESCARRO INDUZIDO
• Indicado à pacientes com processos infecciosos
pulmonar com pouca quantidade ou dificuldade na
eliminação do escarro;
• Instruir o paciente para enxugar a boca e fazer gargarejo
com água antes da coleta;
• Fazer uma nebulização com 20 a 30 ml de NaCl 0,85%;
• Orientar o paciente a coletar secreção profunda,
evitando coletar saliva ou secreção nasal;
• Coletar a amostra em frasco estéril;
• Encaminhar a amostra imediatamente ao laboratório;

Dosagem de Glicose

O objetivo do teste é determinar se o nível de glicose no sangue está dentro dos parâmetros saudáveis, fornecendo, desta forma, dados para investigação, diagnóstico e monitoramento da hiperglicemia (glicose elevada no sangue), hipoglicemia (glicose diminuída no sangue), diabetes e pré-diabetes. (5)
A dosagem da glicose é útil para auxiliar o diagnóstico e monitoração terapêutica do Diabetes Mellitus, na avaliação de distúrbios do metabolismo de carboidratos, no diagnóstico diferencial das acidoses metabólicas, desidratações, hipoglicemias e na avaliação da secreção inapropriada de insulina. (1)
A glicose é o carboidrato mais importante da biologia, pois as células a utiliza como fonte de energia e ainda intermediária do metabolismo. 


Hipoglicemia
Esse quadro causa

- fraqueza
- sudorese 
- desmaio 
- pode levar ao coma


Já a hiperglicemia é o nome dado quando o nível de glicose encontra-se acima do normal

Esse quadro causa

- falta de energia no organismo
- necessidade de urinar 
- cicatrização lenta
- visão embaraçada
- sede intensa
-aumento do apetite 
- cansaço

O tempo de jejum para o exame da glicose em jejum é de 8 horas, e o indivíduo não deve comer nem beber nada durante este período.

Referências Bibliográficas

FAILACE R., Hemograma, Manual de Interpretação; Artmed; quarta edição, ISBN 85-363-0158-9
OLIVEIRA, H. P. Hematologia Clínica – 1ª ed – Rio de Janeiro: Atheneu, 1978


 http://labtestsonline.org.br/understanding/analytes/cbc/tab/test/

http://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/Artigos_cientificos/Interphemo.pdf


http://www.boasaude.com.br/exames-de-rotina/d/61/view/dosagem-de-glicose-codigo-amb-4030204-0.html


Henry, John Bernard - Diagnósticos clínicos e tratamentos por métodos
laboratoriais. 20ª ed. Editora Manole, 200

LORENZI, T. F. Manual de Hematologia –Propedêutica e clínica. 4ª. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
ZAGO, M. A; FALCÃO, R. P; PASQUINI, R. Hematologia –Fundamentos e Prática. 1ª.
ed. São Paulo: Atheneu, 2004.

RAVEL, R. Laboratório Clínico. 6ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.
CARVALHO, M. G; SILVA, M. B. S. Hematologia –Técnicas laboratoriais e
interpretação. 1ª. ed. Belo Horizonte: UFMG, 1988.

VERRASTRO, T; LORENZI, T F; NETO, S W. Hematologia e Hemoterapia –
Fundamentos de Morfologia, Fisiologia, Patologia 1ª. ed. São Paulo: Atheneu, 2005.

Referências Bibliográficas
Lehninger, A.L.; Nelson, D.L.; Cox, M.M. (2007) Lehninger: Princípios de
Bioquímica, 4a. Edição, Editora Sarvier
Stryer, L.; Tymoczko, J.L.; Berg, J.M. (2004) Bioquímica, 5a. Edição, Editora
Guanabara.

GUYTON, A.C., HALL, J.E Tratado De Fisiologia Médica 10. Ed. Rj . Guanabara
Koogan, 2002

ESTUDO DIRIGIDO DE EXAMES LABORATORIAIS E MÉDICOS

1- No exame de Fezes, cite e explique quais são as características normais das fezes
R: As fezes são compostas por resíduos de alimentos, bactérias, restos de mucosa intestinal, suco digestivo e sais.
Consistência: firme e moldada 
Cor: castanha 
Frequência: Até 3 vezes ao dia 
Odor: resultado devido a fermentação bacteriana dos resíduos.
2- Diferencie o exame Bacteriológico de fezes do Parasitológico de fezes.
R: Bacteriológico analisa parasitas e protozoários eliminados nas fezes (vermes ovos larvas) 
Principais: Tênias, ascarídeos e oxiúros.
R: Parasitológico pesquisa somente parasitas nas fezes.
3- Explique o exame MIF de fezes.
R: MIF tem a mesma função do parasitológico, porem suas investigação é mais minuciosa sendo coletada 3 amostras de fezes.
4- Explique como deverá ser feita a coleta dos Exames de Fezes. 
R: Fazer a coleta com luvas utilizando o material que a instituição ofereceu.
Conservar as amostras na geladeira por no máximo 14 horas.
MIF não deve ser conservado em geladeiras, para coleta de fezes não é necessário jejum. 
5- No exame de Urina, cite e explique quais são as características normais da urina.
R: A cor varia em tons de amarelo, depende de sua concentração e substancias ingerida
pelo paciente, como medicamentos alimentos e líquidos.
O aspecto pode conter pus, sangue, gorduras, bactérias, turva, amarela, transparente inodoro e com cheiro forte.
Odor da urina é normal pela presença de ácidos graxos variando da hora e dia, e substancias ingerida.
Densidade é observada a concentração osmolar, o numero de partículas absorvidas na urina, Varia entre 1,005 a 1,030.
PH indica se a urina é acida ou alcalina sendo que o normal é 6, porem temos variações entre 4-6-7-5.
6- Cite e explique quais são os elementos anormais da Urina.
R: Proteinúria: Perdem de proteínas na urina, doenças renais e cardíacas.
Glicosúria: Excesso de glicose na urina. 
Hematúria: Sangue na urina 
Bacteriuria e piuria: Bactérias e pus na urina. 
7- Explique o Exame Principal de Urina.
R: Analisam todos os elementos compostos na urina, com objetivo de analisar doenças renais, infecções gerais, doenças hepáticas.
A coleta deve ser de forma mais higiênica possível coletando o jato médio de urina, sempre com identificação.
8- Explique o Exame de Dosagem de Proteínas (Proteinúria).
R: É a perda de proteínas pela urina.
Coleta da urina produzida em 24 horas 
Desprezar o primeiro jato e coletar sempre o médio. 
9- Explique como deverá ser feita a coleta dos Exames de Urina.
R: Coletar urina no período da manhã, guardar na geladeira sendo que o volume máximo é de 100 ML, para a coleta desprezamos o primeiro jato e coletamos o
médio.
10- Cite e explique as 4 composições do Sangue.
R: Plasma: Parte liquida do nosso sangue, onde da volume 60% do volume sanguíneo, maior parte água 10% eletrólitos.
Glóbulos vermelhos: Possuem hemoglobina que é constituída pela proteína globulina, onde as emacias conduzem ferro e O2 para todas as células do nosso organismo, cada litro de sangue contem cinco milhões de emacias 
Plaquetas: Incolores, sua função é fazer a coagulação são de sangue.
Glóbulos Brancos: São conhecidos como leucócitos, são incolores dividem-se em leucócitos basófilos linfócitos, função de proteção do organismo contra agentes infecciosos e corpos estranhos.
11- Diferencie Eritrograma de Leucograma.
R: Eritograma contagem de glóbulos vermelhos.
Leucograma contagem de glóbulos brancos.
12- Diferencie Eritrocitose de Eritropenia.
R: Eritrocitose é o aumento de hemácias 
R: Eritropenia é a diminuição de hemácias 
R: Eritropoiese é a produção de hemácias.
13- Explique o que é Hemoglobina.
R: Proteína constituída por ferro e globulina proteína responsável por conduzir O2 para as células.
14- Explique o que é Volume Globular e cite quais são as patologias possíveis com a 
Alteração deste item em um exame de hemograma.
R: Porcentagem de hemácias em relação ao plasma
Anemia VG diminuído 
Queimaduras choques desidratação VG aumentado.
15- Cite e explique o que são Índices Hemáticos.
R: Permite caracterizar anemias.
Volume
corpuscular médio mede o volume das hemácias. Seu valor é de 82 a 93 micra/g
Hemoglobina corpuscular média mede o peso das hemácias. Seu valor é de 28 a 32 migra/g No RN é de 38 micra/g
Concentração de hemoglobina corpuscular média mede a concentração de hemoglobina nas hemácias seu valor é de 32 a 36%.
16- Explique o que é Velocidade de Hemossedimentação e cite quais são as patologias possíveis com a alteração deste item em um exame de hemograma.
R: VHS velocidade que as hemácias se separam do sangue 
VHS acelerado, hemorragias internas, gravidez, tumores malignos, doenças infecciosas.
VHS Retardado policitemia aumento no numero de hemácias anemia falciforme, insuficiências cardíacas.
17- Diferencie Trombocitopenia de Trombocitose
R: Trombocitopenia é a redução de plaquetas
R: Trombocitose é o aumento de plaquetas 
18- Explique o que é avaliado em um Hemograma nos itens: Glicose, Creatinina, Colesterol, Triglicerídeos, Lipídeos e Bilirrubina.
R: Glicose 70 a 110 mg/dl (miligramas por decilitros) 
R: Creatina 04 a 1,3 mg/dl 
R: Colesterol total 200mg/dl a 239mg/dl 240mg/dl
R: Triglicerídeos 10 a 70 mg/dl 
R: Lipídeos 400 a 800 mg/dl 
R: Bilirrubina 04 a 1,2 mg/dl 
19- Explique a técnica de punção de coleta de sangue para a realização de um Hemograma.
R: Fazer lavagens de mãos
Deixar materiais preparados 
Deixar paciente confortável 
Explicar técnica 
Colocar garrote 
Fazer assepsia do local com álcool 70%
Delimitar
local escolhido
Retirar o garrote
Realizar punção do local retirando a quantia de sangue especifica para o exame 
Colocar observações nas amostras retiradas.
Em RN punções são feitas nos pés cabeça e dorso das mãos. 
20- Explique o que você entende pelo Exame de Coleta de Escarro.
R: Exame de escarro é a coleta de secreção do paciente para exames com a finalidade de diagnosticar doenças causadas por fungos vírus ou bactérias
Exemplo pneumonias e tuberculose
Analisa células tumorais benignas e maligna
21- Cite quais são as 5 densidades oferecidas pelo Raio X, em ordem de absorção pelo organismo.
R: Metal 
R: Cálcio
R: Água
R: Gordura
R: Ar
22- Explique o que são Meios de Contraste.
R: O meios de contraste radiopacos podem alterar estas densidades radiográficas tornando assim, lúcidos muitos órgãos adjacentes 
23- Explique com suas palavras como se deu a origem da Radiologia.
R: A radiologia teve origem em 1895 por um cientista que usou sua mulher de cobaia expondo a mão de sua esposa sobre os raios x durante 5 minutos obtendo a imagem óssea com ajuda de uma chapa.
24- Explique qual é a diferença de Radiografias e Filmes de Raios X.
R: Estes termos são distintos, o filme refere-se a parte física do material onde a imagem será exposta (papel) 
As radiografias incluem o filme (papel) e a imagem produzida.
25- Explique quais são os tipos de Cortes feitos pelos Exames Médicos.
R: Cortes transversais ou axiais, os cortes
são feitos em ângulos retos ao longo de qualquer ponto do eixo longitudinal do corpo.
26- Explique o Exame de Ultrassonografia.
R: Emissão de ondas de alta frequência permite a visualização dos órgãos internos, gravidez, ginecologia, viscerais e ortopédicos. 
Apenas alta frequência.
27- Explique o que você entende por Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética.
R: A tomografia computadorizada utiliza radiação ionizante que são os raios x.
JÁ na ressonância magnética não sendo que o paciente passa por um grande campo magnético. 
28- Explique o que você entende por Eletroencefalograma e Eletrocardiograma. 
R: Analisa as variações elétricas do miocárdio e encéfalo, indicado para doenças neurológicas e arritmia cardíaca. 
29- Explique o que você entende pelo Exame de punção Lombar.
R: Punção lombar serve para coleta do liquor, o liquor também se encontra no espaço Subaracnóide, indicação para diagnósticos de doenças como a meningite e distúrbios neurológicos.
Paciente pode ter cefaleia rigidez na nuca e fotofobia.
30- Diferencie Desinfecção Concorrente de Desinfecção Terminal.
R: Corrente é feita entre um exame e outro com álcool 70% 
Se houver presença de sangue ou secreção passar desinfetante deixando agir por 30 mim.
R: Terminal realizado uma vez por semana, aparelhos limpos com agua e sabão neutro.
Após limpeza passar álcool 70% 
A limpeza é feita nos aventais de chumbo e protetores da tireoide.

Métodos parasitológicos de Blagg e Willis

INTRODUÇÃO
A parasitologia é uma ciência que estuda os organismos (parasitos) que vivem no interior ou exterior de outro hospedeiro, extraindo deste seu alimento e abrigo, sendo que esta associação nem sempre é nociva ao hospedeiro. Na prática abrange o estudo de protozoários, helmintos e artrópodes, em cujos grupos situa-se a maioria de parasitos de importância médica e veterinária. O exame parasitológico de fezes permite que seja feita a detecção desses parasitos, pela presença de trofozoístos, cistos e oocistos de protozoários, ovos e larvas de helmintos, de maneira seletiva, rápida e eficaz. Desta forma, orienta a administração de medicamentos específicos e efetivos para cada tipo de parasito, evitando uma possível resistência causada por medicamentos de amplo espectro. Alguns parasitas observados no exame podem não causar doenças, mas devem ser relatados, pois indicam uma maior possibilidade de infecção futura por outros parasitas. Pela avaliação da amostra fecal, pode-se ainda, ter uma noção sobre a presença de gordura e alimentos não digeridos, refletindo o contato do paciente com alimentos, água e outros contaminados.
O exame clínico é o primeiro passo para o diagnóstico, mas o laboratório é essencial nessa definição, estabelecendo a espécie de parasito presente no paciente. O exame macroscópico permite a verificação da consistência das fezes, do odor, da presença de elementos anormais, como muco ou sangue, e de vermes adultos ou partes deles. O exame microscópico permite a visualização dos ovos ou larvas de helmintos,cistos, trofozoítos ou oocistos de protozoários. Pode ser quantitativo ou qualitativo. Os métodos quantitativos são aqueles nos quais se faz a contagem dos ovos nas fezes, permitindo, assim, avaliar a intensidade do parasitismo. O mais conhecido é o de Stoll, mas, o mais empregado atualmente é o de Kato- Katz. Os métodos qualitativos são os mais utilizados, demonstrando a presença das formas parasitárias, sem, entretanto, quantificá-las. 
São inúmeros os métodos de exames parasitológicos de fezes descritos na literatura (método de Lutz, método de Ritchie, método de Blagg, método de Willis, Método de Faust, método de Baermann-Moraes, entre outros) os quais podem ser qualitativos ou quantitativos, apresentando diferentes sensibilidades na detecção de ovos e larvas de helmintos e cistos de protozoários. Na prática em questão realizamos dois métodos: Blagg ou MIFC (sedimentação por centrifugação) e o método de Willis (flutuação espontânea). O método de Blagg ou MIFC tem a mesma finalidade do exame parasitológico de fezes comum, mas permite maior precisão na investigação de parasitas intestinais. É usado para pesquisa de ovos e larvas de helmintos, cistos e alguns oocistos de protozoários. É um dos métodos mais recomendados, por ser rápido, fácil e sensível, porém, necessita de centrífuga. O método de Willis, cujo principio baseia-se na flutuação em solução saturada e cloreto de sódio (NaCl). Esse método procura fixar ovos pouco densos em uma lâmina, através da flutuação em uma solução muito densa, para que assim possa observá-los
microscopicamente, tendo purificado antes a amostra fecal, já que partículas mais densas da amostra tenderão a ficar no fundo do recipiente em que o método é realizado. É utilizado para evidenciar ovos leves (principalmente ancilostomídeos). O métodos de Willis, apesar de simples, não é muito utilizado em laboratórios de análises clínicas, devido ao fato de o grande quantitativo de NaCl utilizado encarecer o custo do processo.
OBJETIVO GERAL
Realizar os métodos parasitológicos de Blagg (sedimentação por centrifugação) e Willis (flutuação espontânea), compreendendo sua importância nos diagnósticos de parasitoses.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Compreender a diferença entre os métodos parasitológicos realizados;
- Identificar quais tipos de parasitas podem ser encontrados em cada um dos dois métodos;
- Analisar a amostra macroscopicamente, em busca de sangue, muco e de parasitas;
- Analisar a lâmina preparada em microscópio de luz, em busca de cistos, trofozoístos, ovos e larvas de parasitas;

METODOLOGIA
As amostras foram recebidas em recipientes adequados, identificados com o nome do paciente.
EXAME MACROSCÓPICO
 Examinou-se a superfície da amostra para observação da presença de proglotes de tênias, ancilostomídeos ou oxiúros adultos, por exemplo;
 Examinou-se a amostra fecal com auxílio de um palito (sorvete) para verificar a presença de outros helmintos adultos;
 Examinou-se as fezes quanto à presença de sangue e/ou muco;
 Caso fossem encontrados, deveriam ser imediatamente examinados e identificados. Na prática em questão, não foram encontrados evidências macroscópicas.
EXAME MICROSCÓPICO
Método de Blagg ou MIFC
1- Colocou-se aproximadamente 2 g de fezes em um Becker ou em um copo plástico descartável, com cerca de 5 ml de água e dissolveu-se bem com auxílio de um palito de sorvete descartável;
2- Coou a suspensão em gaze cirúrgico dobrada em quatro, num copo descartável;
3- Transferiu-se de 1 a 2 ml do filtrado para o tubo cônico com capacidade para 15 ml (tubos tipo falcon);
4- Acrescentou-se 4 a 5 ml de éter sulfúrico e agitou-se vigorosamente (desengordura a amostra fecal);
5- Centrifugou por um minuto a 1.500 rpm;
6- Com auxílio de um bastão descolou-se a camada de detritos gordurosos da parede do tubo;
7- Inverteu-se o tubo para desprezar o líquido e limparam-se as paredes com um bastão contendo algodão na extremidade;
8- Colocou-se parte do sedimento numa lâmina, corar com lugol e cobrir com lamínula. Examinaram-se no mínimo duas lâminas de cada amostra. Utilizou-se as objetivas 10x e/ou 40x.
Método de Willis 
1- Colocou-se 10g de fezes num frasco de Borrel ou no próprio recipiente onde estavam as fezes;
2- Homogeneizou-se com um pouco de solução saturada de sal (NaCl) ou de açúcar 
3- Completou-se o volume até a borda do frasco; 
4- Colocou-se na boca do frasco uma lâmina, que estava em contato com o líquido. 
5- Deixou-se em repouso por 5 minutos;
6- Após 5 minutos, retirou-se rapidamente a lâmina, deixando a parte molhada voltada para cima;
7- Cobriu-se com lamínula, corando com Lugol e examinado com objetiva 10x e/ou
40x;

RESULTADOS
Após análise macroscópica da amostra e da lâmina, microscopicamente, não foram encontrados ovos ou larvas de helmintos, nem cistos ou trofozoítos de protozoários no material pelo método de Blagg. Pelo método de Willis também não foram encontrados ovos leves (ancilostomídeos).
DISCUSSÃO
Pelos métodos de análise aplicados, poderiam ser identificados, respectivamente, pelo método de Blagg: parasitos em forma de ovos ou larvas de helmintos; cistos ou trofozoítos de protozoários, e pelo método de Willis, ovos leves de ancilostomídeos. 
Utilizando um material para comparação com o visualizado ao microscópio, é possível identificar morfologicamente os parasitos citados acima e assim contribuir com o diagnóstico destas doenças. Abaixo estão alguns exemplos de parasitas, que podem ser identificados pelos dois métodos:
Protozoários:
1- Giardia lamblia 
• Cisto: forma ovalada, presença de núcleos, axonema e corpo parabasal; 
• Trofozoíto: forma piriforme, região anterior mais larga, dois núcleos do tipo vesiculoso e axonema que divide o flagelado ao meio. 

2- Entamoeba coli
• Cisto: presença de membrana cística,apresenta de 4 a 8 núcleos, forma circular. 
Helmintos:
 Platelmintos 
1- Taenia sp 
• Tem estrutura sub-esféria com dupla membrana, apresenta trabéculas entre estas membranas dando-lhe aparência raiada e embrião hexacanto no interior da membrana interna. 
2- Schsitosoma mansoni 
• Apresenta grande espículo lateral presente na região mais dilatada do ovo. 
• Presença de larva
miracídio no interior do ovo. 
 Nematelmintos
1- Ascaris lumbricoides 
• Presença de 3 membranas: 1) interna, delicada, de natureza lipídica; 2) mediana, grosseira, denominada casca; 3) externa, de natureza albuminóide, de morfologia mamilonada, característica do ovo corticado. 
• Presença de larva no interior do ovo (fértil); 
• O ovo infértil não apresenta larva em seu interior; 
• Forma arredondada (ovo fértil); 
• Forma elíptica (ovo infértil). 
2- Enterobius vermicularis
• Ovo em forma de D; 
• Envoltório de dupla membrana; 
• Presença de larva no interior do ovo.
3- Ancilostomídeo 
• Compreende ovos de Ancylostoma duodenale e Necator americanus; 
• Apresenta contorno ovalado; ▫ Presença de duas membranas e no interior massa germinativa, constituída pelos blastômeros.

CONCLUSÃO 
O exame parasitológico é de grande importância para o diagnostico clínico final, fornecendo informações úteis ao diagnóstico de diversas parasitoses; servindo como guia para o tratamento; acompanhando e determinando a eficiência do tratamento; trazendo informações de valor para estudos epidemiológicos; e fornecendo os elementos básicos para corrigir as deficiências nos programas de profilaxia do meio ambiente.